quarta-feira, 9 de março de 2011

Acho que já faz um tempo considerável desde a última postagem, e me sinto na obrigação de escrever pelo menos sobre meu fim de semana retrasado.

Fui para NY no sábado, chegando lá perto das 16h. Deixei minhas coisas no apartamento da Janet (que havia me emprestado as chaves e a permissão para passar a noite por lá enquanto ela estava, durante o fim de semana, aqui em New Haven) e fui em direção à Park Avenue, no sudeste de Manhattan (Lower East Side): Finnish Metal Tour no Gramercy Theater, com Ensiferum e Finntroll! Viking Metal de meus 15 anos! Tinha bastante tempo pra matar e nada pra fazer, acabei me juntando ao pessoal da fila perto das 17h, depois de comer um hamburger nojentinho. Povo não muito amigável, infelizmente... um alemão que estava na minha frente acabou puxando papo perto da hora de entrar, mas nada muito carismático. Acabei ficando sozinho meRmo!
O show abriu com Barren Earth. Legal, um som interessante e não tão malvado. Pelo menos os caras usavam roupas normais, nada apelando à tempos passados. Divertido o suficiente pra me fazer querer ouvir sem ficar desejando o tempo inteiro que acabasse pra que Ensiferum viesse ao palco!
Algumas coisas valem a pena, essa Forlorn Waves foi legal pra caramba ao vivo (FLÁVIO, ouve aewz que acho que você vai gostar, se não conhece ainda):
http://www.myspace.com/officialbarrenearth



Infelizmente foi esse o caso com a segunda banda, Rotten Sound. 100% PA-TUM-PA-TUM-PA BLEEEEEEEEEEEERGHHHHH, cada uma das música era exatamente igual à outra. Não agüentava mais, e uma hora o próprio vocalista disse "Ok, ok, we're almost done!", percebendo que pouca gente queria ver o show deles.

Quando finalmente acabou, Ensiferum subiu no palco! Haaaa, ótimas lembranças da 1a série do colegial injetadas subitamente. Abriram com uma música nova que eu não conhecia, mas já foram pra 'Token of Time', minha preferida! Meu físico graciosamente senil de um senhor de 80 anos logo deixou claro que headbanging por muito tempo não era uma opção. No geral, o show foi divertido, eles sabem muito bem como criar uma atmosfera "deles" mesmo... o baixista, em especial, era uma figura! Em um intervalo entre uma música e outra ele começou 'Money':  "Just kiddin'."
Mesmo tocando várias músicas do CD novo que eu não conhecia, valeu só pra ouvir 'Iron' no final, e cantar o riff principal como eu tinha visto em um vídeo do Wacken, há 4 anos atrás!


Ensiferum sai do palco e entram os roadies pra ajeitar as coisas pro Finntroll. Eu estava "stinking to high heavens", como seria colocado por Wojtko, e sabia que meus sovacos gritavam cada vez que eu erguia os braços pra fazer 'metal', então eu procurava evitar contato visual com qualquer pessoa que estivesse ao meu redor. Se você está errado mas age como se estivesse certo, vale quase tanto quanto. Mesmo assim, enquanto os roadies ajeitavam o palco, um piazão gurizão na minha frente puxa papo, me perguntando o que eu tinha achado do show. Assim acabamos papeando um pouco, e consegui um amiguinho: um sueco deveras simpático que, depois do show, ia para os mesmos cafundós que eu. Ele me disse que tinha vindo mesmo pra ver o Finntroll, e que não conhecia nada do Ensiferum. Falou que esperava ver se eles realmente tinham um acordeonista na banda, coisa que também me deixava intrigado.

Sobe o Finntroll no palco. Ma que malvadeza dessa rapariga! Pinturas órquicas e gente gorda e feia, destruindo tudo. O mais surreal foi um fã em particular que estava atrás de mim: um travesti, de mini-saia e maria-chiquinha! Definitivamente não o que você esperaria ver em um show tão do mal assim. Era tão engraçado o contraste do palco com a voz dele atrás de mim: o vocalista gritava "And the next one is called BLAAAAARGHH BLUUUURGHHH BLEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERGHHHHH!!!!", e eu ouvia, com uma voz esganiçada "OH MY GOSH OH DEAR OH MY!!!", e sapateados de felicidade. A experiência psicodélica valeu a noite.


Depois disso, voltei em companhia do Immanuel, o jovem sueco, até o apartamento. Fomos conversando sobre filmes e jogos no caminho, e caminhamos três quarteirões na direção errada até acertar e encontrar o metrô. Cheguei meio vivo na 103rd, comi um super iogurte Chobani de morango e capotei na cama.

Acordei no domingo e o dia estava ensolarado e bonitão ("Fantabulous", o adjetivo mais flamboyant ensinado a mim) e decidi que queria tirar fotos. Liguei para o Wojtek e perguntei aonde tinha uma loja da Lomography. Aparentemente só na Village, suficientemente longe de onde eu estava. Tinha tempo de sobra e acabei me empurrando até lá, sem vontade alguma... mal sabia eu o que me esperava!
Sai do metrô na estação da Christopher Street (depois da 14th Street nada mais faz sentido em NY, a grade de ruas e avenidas termina, os lugares têm nomes aleatórios e tudo é confusão tamanho família) e fui surpreendido pelo bairro aonde eu tinha chegado. Definitivamente o lugar mais interessante de todos que eu visitei aqui nos EUA, o bairro high-class boêmio artístico de Manhattan, antigamente conhecido por ser a parte gay (oh yeah, Village People!) de NY. Tanta gente estranha, lojas incríveis, cafezinhos convidativos - e nenhum dinheiro no bolso, já que decidi comprar câmera e filme na loja da Lomography.














Infelizmente estou caindo de sono agora. Vou tentar ser breve: para o almoço, nesse dia, comi McDonald's na escadaria de um prédio abandonado (falei que não tinha grana, decidi ir à la mendigão). Depois de passear por aí, voltei ao metrô até o Central Park.





Legal, mas depois da Village essa parte da 5th Ave parecia tão certinha e sem graça... 

Amanhã posto mais, talvez! Deixo vocês com essa linda foto do El Gato Miguel (Majtki):


Flwwwwzzzzzzzz rsrsrsrsrsrs

Um comentário:

KillerSartor disse...

Opa!
Quero uma Karavas Pizza 'n' Pita.
Milagres acontecem, digo postagens acontecem.
Bom saber que grandes caminhadas rendem boas fotos.
A propósito o som do Barren Earth é até audível comparado com umas coisas trollgloditas que surgem por ai.
Abraço e boas caminhadas.